quarta-feira, outubro 02, 2013

Absência (As almas)

Eu sinto uma dor como se minha alma me faltasse, como se a lembrança do sorriso me tirasse a própria vida e eu também fosse uma lembrança de estar lá. Como pode um alguém dizer que está vivo sem seu norte, luz, paixão, a voz no silêncio em referência e a primeira luz do desejo de seus olhos? Uma fenda que parte meu peito e sufoca meu grito, me tira as foças e os desejos de tal forma qual profunda é que apenas as ações involuntárias posso exercer.

sexta-feira, abril 27, 2012

Interromper

Tudo aquilo que faz a compleição e a torna real em um conjunto de elementos; um individuo capaz de amar, sonhar, ter e temer. Um ciclo envolto por idéias e circunstâncias o relato de uma existência; um retrato ou abjeto de uma canção. A suavidade de uma linha ou o conflito de um nó, as lágrimas dos amigos, o desespero da mãe sem lenindo. O perpetuo luto das palavras não ditas e que fere mortalmente; fatal, mortal: Ausência.

Ter um acróstico em seu momento, um sopro do pó, o consolo do vazio, a própria incógnita de ser.

O fazer cessar; destruir, extinguir e o pior de tudo, não estar pronto.

sexta-feira, junho 17, 2011

Pequeno som de junho 3

O sopro de vida em tua elegia
este que é minuano intrínseco
tão teu quanto esta alegria.
Do cálido sorriso o teu epíteto
que com afinco imposta o ser
subversivo em teus momentos
de compostura, que poucos podem ver,
a máscara vívida dos pensamentos.
Este grilhão da alcunha própria
em vertente da lua negra face
que brota da inversão da inópia.
Oh! Alegria de um dia auferir
a soberania de não ser finda
a palavra dada pôr se proferir

sexta-feira, junho 10, 2011

Pequeno som de junho 2

Em meu olhar desde o princípio
Colhendo as lágrimas em partida
Seda em seu toque dar-te a vida
Irradia ainda no início

Reluz a razão de minha rotina
Dum ato errante céu oblíquo
Turvação pôs-se em tolher meu júbilo
Exacerbo clareza e o ar calcino

Faz-se o vento com sua gentileza
O beijador zomba a meus dados zelos
Confesso que em toda minha grandeza

Bem no âmago fogo de meu coração
Desejar-me-ei ser criatura viva
E beijar a rosa de minha canção

quarta-feira, junho 01, 2011

Pequeno som de junho 1

Enceto o canto tenro sorriso este
Que em mente faz-se forte e franco
Do desejo de tornar distante
Em contraste pus-me a chorar seu pranto

Tardo em sê-lo tolo pois sei que é
Preso fora do vitral me encontro
Desejo mesmo sendo de toda fé
Que meu saudar venha criar encanto

Julianial em ser beleza
Estilo que toca além de ter
O distinto por traz da clareza

A forma mais pura de uma paixão
Um sopro de vida em meu olhar
Ritmo definido em meu coração

sábado, fevereiro 26, 2011

O ponto equidistante

Gostaria de nunca mais te ver.
desejo tanto estar com você
que as vezes acho que vou sumir.
Da ausência que sufoca por
tudo que não digo.
E esse cheiro da sua pele
e o toque em seus lábios.
Da mão firme em seu corpo,
a boca na sua boca.
Retorço meu corpo,
como de ópio viciado
em abstinência a tentativa de ignorar
te querer mais como a vida:
começo, meio é fim.

domingo, fevereiro 20, 2011

Eloquência

Poderia eu amar você minha vida estaria ligada a sua em elo e esse sentimento de unidade seria perfeito. E cada minuto que passaria ao seu lado seria uma oportunidade singular podendo observar seu sorriso e a maneira com que passaria seu cabelo por traz da orelha, e simplesmente parar por horas em silêncio para ouvir cada detalhe apaixonado de seus sonhos. Pudera eu morrer se a ponta de meus dedos não tocassem sua face quente e morreria novamente se alvo de seu desgosto. Esta síntese é definida pela síndrome da incapacidade total que meu corpo tem de estar longe do seu.
O simples fato da existência de sua alma faz crer que esse vazio que me corroía por dentro fora sanado.
E por isso que eu me dou o direito sincero e posso dizer o verdadeiro.

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Sob entender

Tu mulher que acelera meu ritmo cardíaco,
que invade meus pensamentos
e rompe meu fôlego em
inspirações involuntárias.

É impossível acreditar que todos os caminhos me levem até aqui
e eu tenha que abraçar as lembranças do desejo
sobre tudo aquilo que não vivemos.

Acredito veemente,
que o simples fato de tudo aquilo
que desejamos há nós mesmos,
seja inevitável, em um paralelo
mundo, um sonho.

terça-feira, setembro 14, 2010

Desolação e conforto

Arranco arrebatadamente meu grito, me assusto com a proposta que meu coração indaga em ouvir por sim.
Do desejo de tornar ausente o "escárnio das esperanças desfeitas".
Que porventura de optar pelo inconsolável impreciso caminho, remetido em um infinito de amarguras sem alma.
O que não tenho ou pelo que tenho em grandiosidade em enumeras sentenças, que são alegria e tormento pelos desejos e sonhos "o que tiver ser será", das esperanças repostas do que por alento é de certo.
O que já foi dito e hoje é fato, que espero pela consolidação do que assegura, sendo também fato, que é comum vosso desejo.

terça-feira, agosto 24, 2010

Abrangente

Sinto muitíssimo sua falta, mesmo sem nunca ter partido.
Muitas vezes você sai e eu choro sem me controlar.
Já tentei te prender, não deixar ver, encobrir, esconder.
Porém você é sempre mais forte e rompe o impossível.
O que te faz ser, esse enorme querer incontrolável?
E se eu te tenho tanto, o que me falta?
Um dia quem sabe descubra o inconcluso,
o sem fim.

sexta-feira, agosto 06, 2010

Enigma-quatro

Os dias são cheios de risos ausentes e
um sopro sonho da fumaça de meu cigarro,
no etério espelho olhar,
amargo o beijo na boca em suas mentiras.
Joga na minha cara a sua culpa,
mas vive de devaneios e
fala como se fato de ser humano
seja um erro e que há vergonha em conter.
Eu sempre ergo minha bandeira mesmo
antes de ter do fato felídeo funesto e a pequena
e delicada face da leoa na cidade de torres.
As quatro faces viradas em quatro cantos e opostos,
verá que a cruz espalha em se e pronto,
a quinta-essência do pensamento.

terça-feira, julho 20, 2010

Do apogeu

Na celestial soberania,
onírico e desejo envolto,
na mais sublime forma
vivo ao ar dos deuses.

Mas como posso ouvir-des?
Um som que vem dos imundos,
secos e apáticos pobres.

Será o supremo que faz préstimo?
Que mortal de ouro a voz,
cuja a curiosidade por saciar tenho,
cuja o desejo pode possuir.

Vejo-me escravos das visitas
ao vosso jardim, resignado e feliz.

sim, posso ouvir-des.

quinta-feira, junho 10, 2010

Espelhos

Vejo-me forte
Acho que é meu desejo
Vejo-me alegre
Quando lembro que já fui
Vejo-me sorridente
Dos amores que perdi
Vejo-me com sorte
Mas juro que não me lembro
Vejo-me entre espelhos
Tentando ver mais longe
Vejo-me perdido
E quase já me encontrei
Vejo-me de olhos fechados
Assim vejo-me bem
Vejo-me ao seu lado
Apenas você que não me vê

- A data aproximada desta composição é entre 2002~2003, pois estava na pasta de outros na média de tempo, é bom ver as coisas antigas, memóriais esquecidas nas gavetas.

domingo, abril 18, 2010

Fluir

Quando juntas enumeras sentenças cujo sacrifício inflige o desolar, ao instante que inspira-se a razão, um momento prévio do esparge. Onde o palpável entre os dedos escoa e não se é mais simplesmente tão forte.
Que venha ser o possível alento, limpeza, o resgate, a válvula de escape, por um sorriso que se perdera no tempo, por um lugar, por um momento, por um vida ou um sentimento. Que infelizmente não pode se prever, não pode se dosar, a transcendência, a forma mais pura é simples da presença ou da falta de.

domingo, abril 04, 2010

Maldissera

Antes de qualquer coisa, antes das palavras suas, conseguiria em seu olhar ler, entre seus olhos o contrair, bem antes que o rolar de suas lágrimas chegarem, sabia que a maior tristeza que podia atingir-lhe vinha de mim. Logo eu que tinha seu coração, sua alegria e seu amor, mas causara em você de todas a maior dor. As primeiras palavras são como facas arremessadas, "Eu confiei em você" e repetia... Mesmo sua tristeza é amável e a forma como é ferida, pois observar sua paixão em prantos é angustiante, é vivo.

quinta-feira, abril 01, 2010

Elo

Acordei entre as lágrimas e cinzas vagando entre muitos rostos tristes, um elo onde a dor unia os corações. Como é se acorda para um pesadelo?
Tantas vezes tentei ouvir sua voz, e tentar é, renova a esperança que possa sentir sua presença, que possa abrandar o coração. Por muito se vê a desolação a há coisas que nossos olhos teimarão em acreditar, tudo esta perdido com um silêncio que fere a ferro com sua maior agonia, uma grande ausência avassaladora e tão voraz que tudo fica lento [...] A esperança se esvai. Um sinal e recebo a resposta que podes ouvir meu chamado e surge a força de onde nem imaginava, não estar só neste momento é muito importante, e ter o sonho comigo é extraordinário, principalmente você que me protege quando estou caído, que me ergue e que por tanto busquei em sonhos de voar. E tudo que é belo e tênue se faz presente em sua compaixão eloquente e caroável. Nascer é abrir o olhar e ver você sob a primeira luz.

sexta-feira, março 19, 2010

O inexorável

Da mesma forma que queria desviar meu coração de amar você e poder controlar o inexorável. Por ora minha mente vaga em pensamentos nos quais torna se impossível só guardar o que sinto sem me causar grande angústia. Como outrora dito, a simples alegria podem em tenro. Como seria viver em um mundo onde tocar em você, não torna o ato desrespeitoso, visto que por grande esforço por me conter tenho, não que queira mais que por meu peito junto ao seu e fechar meus olhos. A este ponto do pensamento sobre o fato desejado, me refiro ao instante dirijo esta, a cena que me vem a mente é algo similar a nostalgia extrema, tênue e em muitas vezes inefável, imagine quando se tem um grande vontade de gritar, e é como se o fizeste e mesmo assim o mundo em volta segue firme enquanto este universo simplesmente para: lágrimas, sorrisos, lugares, dias em instantes, tudo que já foi dito, escrito e tocado. E por tudo que possa existir entre todas as coisas, uma, única, singular, coisa não muda, o inexorável.

terça-feira, março 16, 2010

Neutral

Âmago inóspito e inebrio
Noturno nefasto em si
Aranzel de venusto brio
Kafkiano domino sutil
Antanho arnês em peta
Raso propendo emitis

Empunhas um sabre de mil almas
Náufragos do sangue que vestes
Inominável pungente sensação
Não ouvir a voz durante o grito
A luz que cega amantes aflitos

segunda-feira, março 15, 2010

Sete dias

Entre diversos olhares e olhos
de paciência falível e fadado ao silêncio.
Conflito de vozes em zumbido,
faces estranhas de hábito comum
e me pego em logro buscando você.
De forma peculiar me atento ao fato
de que sua presença é mais que uma
conquista e quase ouço sua canção.
Antiga canção salva o dia,
inesperada e sempre amada.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Em Aos anjos longe de Deus. eu disse...

Por muito tenho me visto como inábil e o estado de poese não brota como em dias de tragédia, as elegias vem de muita dor e envolto nos simples dias não consigo cair profundamente.

terça-feira, abril 24, 2007

Canto Primeiro - 9

Em uma busca constante de ter
O que para poucos sonhado é
Pela maioria por não saber
Uma das poucas lembranças da fé

A confusa época de muitas questões
Incontrolável desejo de complemento
Antes da canção, o passado do contentamento.

Quando ainda com Deus falava
Sem por ele ser correspondido
Entre flores do jardim andava
Há pouco para correr sorrindo

quinta-feira, maio 04, 2006

Soneto de Saudade

Recentes os dias após o dia incomum
Nostálgico em compleição e detalhes
Dia escolhido de mil somente um
Capaz de ficar no coração em entalhe

Com ferramenta a vida a arte e o artesão
Gravando com a cunha da saudade
Saudade que tenho em vasta ascensão
Horas eternas de pura simplicidade

Onírica lembrança do sorriso,
Gestos, a voz e sua observação.
Podendo tatear a imaginação

Sei que a única coisa da vida
Que um alguém jamais poderá arrancar
O maior de todos os dons – o de lembrar

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Canto Primeiro - 8

Por cinco anos de dor constante
Retorcida no profundo abismo
Na concebida escuridão, antes,
Em outro tempo [No egoísmo!].

Jogando-me nas paredes e nos espinhos
Fugindo em desespero, na cólera,
Temendo o espelho. Longe de ser lúcido

Espelhos espinhos; longe de ter,
Longe de ser só, retorcido em si,
Distorcido em dó, vagando em que?
Destinado ao pó, solo em si.

Canto Primeiro - 7

Belo o pôr-do-sol mais que tudo
Depois de tudo que chamo amor
- O sempre eterno que eterno dura
Inconsolável pelo seu valor

Seria num lugar comum se comum fô-se
Seria num singelo passado enfim
Se apenas fô-se recordado por mim

Vagando nas ruínas do passado
Trajando as lembranças do acaso
Tentando ver no futuro - presente
Para onde caminham meus passos

Canto Primeiro - 6

Ano 1990
'23', 'agosto', '20:40h'
Minha face à dela encontra
Angustia do coração se ausenta

A lembrar do inicio deste amor
Perdido a me ver entre cecos sonhos
Pesadelos sem valor ao passar dos anos

Há canções que brandam minha tristeza
Salvo da miopia do convívio
Hoje quiçá veja com clareza
Amparado pela incerteza

sábado, agosto 20, 2005

Acróstico Segundo

Sem sonhos um dia de lágrimas
Envolto por seres apáticos
Muito se ouve na canção da alma

Penumbra nuvens negras por seu fim
Remanescente lasso lúbrico
Entorpecer da carne sangra em mim

Ascensão evanescente de ti
Semblante celestial visagem
Esmanecer da alegria em mim
Umbroso laço que me invade

Lacrimosa canção em seu tom
Atingido o propósito – alma [...]
Dádiva da doce Ode o som
Oneroso presente – falta [...]

terça-feira, julho 26, 2005

Rapsódia

Ouço o desespero do silêncio, em mil vozes, familiares vozes ecoam na insanidade do vazio. Uma legião de monstros presa, enquanto só, tento ser eu mesmo [Scars of the old stream]. Por uma simples alegria já é distante meu desejo – é breve o paraíso.

domingo, julho 17, 2005

Poese

Desço a síntese da emoção, a inópia da canção, paixão de um sonhador.
Ide a teu encontro, horas somente, na arte a sétima - e na luz Alves a ave - Castro voa meu amor.

Canto Primeiro - 5

Começarei pedindo desculpas
Por cada lágrima que fiz rolar,
E todos os sonhos que te privei,
Mesmo que tempo possa curar.

Ouço o silêncio e fito no tempo
Brando sorriso... Reluz dos negros cachos
Soltos ao vento ou – seu próprio astro

Maestro tempo rege a vida.
Uma Ode singela e querida
Sufoco-me, rasgo o meu grito.
Astro eterno, luz infinita.

quinta-feira, maio 19, 2005

Canto Primeiro - 4

Como direi que fui feliz?
Pois agora é real meu prazer
Estou no sonho que eu sempre quis
Desejando a vê-lo imortal

Por tantos anos tenho pensado assim
Em meus olhos distantes no horizonte
Das noites em mim - eternas - irrelutante.

Como guardião do maior desejo,
- Desejo do homem - fica aqui!
Seja eterno, meu maior desvelo.
Por todas as palavras menos o "se".

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Desvelo

Todo valor a glória de poder
Dos que amo a paz e saber
Que no dia que eu chorar
Terei amigos, sonhos de pessoas
Que afagam nas minhas tristezas
O desvelo é minha fortuna
Sonhos de amigos sonhos de pessoas

13:50 - Sexta-feira, 4 de outubro

(...)

Sonho todos os dias contigo
Nas noites quando durmo estamos juntos
Se a morte é como um sono anseio por ela
Morro todas as manhãs ao me despedir de você
Vejo sua beleza e abro os meus olhos
Tateando o espaço, fito sua face
Faço do sorriso teu meu sorriso, sem graça
Pinga sobre o mármore da mesa no lago cristalino
Nas ondas dos seus cabelos o minuano frio
Fio a fio teço o que anseio
Da terra sob meus pés firmo a esperança
Sobreposta a expressão das mãos acaricio minha tristeza
Desejo estar presente a cada desejo seu
Tão seu e tão próximo que sinto seu abraço
Cada minuto grito por você em meu silêncio
Sempre te amei e nem sei seu nome

15:53 - Sexta-feira, 28 de março de 2003

A espada e o coração

A espada que cala o coração
Piedosa em glória ou vil?
Ouviu dizer do sofrido ancião,
Que queima sem ferir e fere por quemar.

Do sol desafinado, finado por amar,
Portanto e quanto termo
Afáveis dias, a esmo...

Buscará o que todos queriam
Buscará o bem querer

Tropeçando no caminho
Chega ao fim o sofrimento,
Amável; Agradável; momento.

segunda-feira, janeiro 31, 2005

O que é vazio?

Você conhece alguém vazio? E se conhece como esta pessoa anda por ai? Consegue ficar de pé e sair?
Não sei, às vezes eu me sinto muito vazio, mas fico a me questionar sobre tanta intriga, desejos, medos, enfim tudo aquilo que minha mente por muitas vezes não entende. E há horas que eu sinto como se fosse explodir e as vozes são distantes; tampo os ouvidos e estou só. -Sei que estou aqui, mas onde estão todos? Que barulho é este? (...) Ah! É apenas o silêncio.
Tenho visões de pessoas aqui neste mundo, elas passam e às vezes tentam falar comigo. O que é mais estranho é por muito não entendo o que elas falam, e tenho plena certeza que não entendem nadinha de minhas palavras.
O que é vazio? Quanta questão... Quanto tempo deve ser necessário para que eu jogue tudo que me mata aos poucos? Quanto tempo demora a ser vazio?
-Oi! Oi! Você! Você me entende?

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Paradoxo da Lua

Maldito semblante que odeio
Do egoísmo digo bélico
Em tu repousa o que anseio
Piedoso veneno benéfico

Dias raros de um minuto que vim
Tão recente quanto a um passo
Do acaso ao acaso fim
De igual valor é o descompasso

Sublime discrição da angústia
Impenetrável redenção amor
Se fácil como eu gostaria
Não teria pobreza com a dor

Ao ganhar-te com um beijo
Conscientemente eu já sabia
Por não dominar meu desejo
Ao ganhar-te eu te perdia

Época de colheita

Seu fim... Só; frio e triste. Cego ao ver-te no espelho, sem nada. E os amigos de suas coisas, onde estão?
Toda mágoa foi semeada, é época colheita! Quem já esteve sob o sabre, eu já estive e sei, que nada é tão funesto quanto a mágoa. Passamos por um teste de força; de sanidade, na borda do surto. Desarmado agora; desejo o que é comum, só que a vida dita as regras: É como um bumerangue que sempre volta para você.
O lamentável é ser muito tarde, mudanças demoram muito. Uma vida toda não foi suficiente, água não vira vinho (...).
Ouço ao fundo uma boa canção... E você?
...Narcissistic Funeral.

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Três

Guia-me
Por tudo
Ama-me
Salva-me

De não ter
De ser só
De não ver
De ter dó

Que há luz
Há vida
Que conduz

Há ser três
Eu e você
Somos nós

Dois

Amor
Tê-lo
Calor
Venho

E se
Tenho
Pelo
Pêlo

Tato
Valor
Há ti

Vivo
Por ter
Amor

Miopia do convívio

Temos em nossas mãos e seguramos um tanto descuidado, quase caindo e só ao cair passamos a ver com outros olhos e sentir na pele a falta que nos faz. Se você tem algo assim em suas mãos segure um pouco mais antes que caia.
A única maneira de acegurar-mos o futuro é sermos coerentes.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Eternos Dias

Gostaria de descrever os dias longos, estes que demoram-se a passar.
Em horas que nem há questão, e essa é a questão.
Sufocado em simples alegrias e esmagado por segundos no passado (ações para uma vida)
Aquela vida me refiro, a de hoje?! Nem sei... É como se um elo fora quebrado, e tenha perdido o caminho entre os dias eternos.
Conheço todas as palavras que poderia me dizer para que os dias não fossem assim.
Não desejo um salvador, só compartilhar...
De que forma eu poderia explicar melhor, não sei, nada é tão certo e tão constante em mim quanto minha dor.
Nas minhas palavras vejo os gritos que não ouço ("mas sentia a garganta queimar") e tudo é sem foco.